domingo, julho 02, 2006

Porquê?


Com 21 anos vim para Lisboa, separei-me dos meus pais e dos meus manos, da minha familia e amigos...
Tenho tantas saudades do Norte.
As pessoas perguntam-me porque é que eu não volto para lá...
Não sei responder!
Eu sinto-me bem é lá, com os meus pais, os meus manos, os tios, os primos, os amigos... os lanches e os jantares lá em casa e no Areeiro...
Sempre em festa...
O Maroto, o Zé e as Pitas que saudades tenho eu do campo.
E os jogos de futebol que vimos lá em casa. Uns a torcer pelo Benfica(a maioria) outros pelo Porto e outros pelo Sporting(a minoria). Deixá-la primo acho que o Zé para desgosto da familia Alves é do teu clube... nunca mais aprende a dizer Benfica!
Porque é que fui para enfermeira?
Eu dava era uma grande agricultora...
Estão a rir-se?
É verade, eu gosto é do campo!...
O que é que me prende a Capital?......

5 comentários:

Anónimo disse...

Olá Nuxa e Paty,
Eu não nasci no campo, mas sou a 1ª geração dos dois lados da família que nasceu na Gália (a aldeia já é uma urbe - LX). Sou um puto dos subúrbios...

Com o que isso implica de bom e de mau.... (digamos que ja dei uns tabefes na lei, ou seja nos Romanos...LOL)

Mas quando estou nas aldeias das minhas origens, sinto que pertenço lá! Todos me cumprimentam na rua, mesmo que não me conheçam! É optimo!

Palavras como: honra, família, respeito, integridade, parecem que têm um significado diferente lá... nas origens, nas aldeias....

Quanto à tua pergunta.... Será que ja estaremos demasiado corrompidos pela Urbe para voltarmos e sermos aceites? Será esse o nosso medo? De podermos ser felizes nas coisas simples da vida? Ou será que apenas não conseguimos na Urbe, apegar-nos ao que é essencial? Porque é isso que fazem por lá....

Será a resposta: voltar, ou criar a "nossa" aldeia na Urbe?

ass: Obelix!
P.S.:Ahhhh e não há nada como o javali no espeto, da aldeia claro!!

Paty disse...

Sempre achei que esta musica tem a tua cara, e agora já percebo porquê. Lembras-te???

"You´ll remember me when the west wind moves,
Upon the fields of barley
You´ll forget the sun in his jealous sky
As we walk in fields of gold...

...Many years have passed since those summer days,
Among the fields of barley
See the children run as the sun goes down
Among the fields of gold."

Anónimo disse...

Ai! Ai!

E eu também tenho muitas saudades tuas!

Volta!

Mas mesmo longe há pessoas que nunca te esquecem!

E vou parar de escrever senão começo a chorar!

Bjinho! Adoro-te!

Anónimo disse...

Também eu tenho uma terra, muitíssimo bonita, por sinal e também sinto falta dela mas, concordo com o Obélix, se calhar estamos tão corrompidos que já não "encaixamos" correctamente na nossa terra. Eu também adoraria ser agricultora mas ainda não encontrei uma cultura que pudesse escapar a todo o tipo de intempéries...
Beijos
Hortênsia

Anónimo disse...

O melhor lugar do mundo é aquele onde nos sentimos bem. Pode ser hoje no campo, amanhã na cidade ou depois de amanhã, no trabalho.
O António variações cantava que estava bem onde não estava... pois bem, nem sempre podemos estar bem, no local presente, mas ambicionar tentar chegar lá... Muitas vezes estou a trabalhar e anseio por chegar a casa, pois é onde me apetece estar, e outras vezes estou em casa, e o lugar onde me apetece estar é a trabalhar...Mentira pensam vocês, mas não, é verdade.
Tenho cultivado ao longo dos anos no meu local de trabalho algumas amizades, que nem elas sabem que existem para mim... e quando estou triste, e só, o facto de saber que tenho uma rotina que me espera, tarefas para fazer, e pessoas que sei que gosto que vão estar a trabalhar comigo, dão-me vontade de ir trabalhar, para amenizar a tirsteza e solidão que sinto por vezes...
Nem sempre a presença de muitas pessoas em nosso redor é sinómino de sentir-se acompanhada, pois por vezes, a maior solidão é ter muitas pessoas em nosso redor e não conseguir falar com nenhuma delas...
Nem sempre estou onde gostaria de estar, mas sei que existe sempre um lugar especial para mim, que é no coração de quem gosta de mim na sua plenitude. Quando me sinto triste e não posso ir para casa, ou para um lugar que me afague o coração, penso que existe alguém que tem um lugar só para mim no seu coração, e ao pensar nesse cantinho escondido, sei que esse refúgio será sempre meu, por mais anos que eu e ela possamos viver.

Á minha mãe.

Ass.Brinco de princesa.